A pergunta que não quer calar : Fazer ou não fazer a hidrelétrica "Belo Monte" no rio Xingu. Apesar dos defensores da construção da hidrelétrica afirmarem que é energia renovável e limpa, os opositores desta idéia garantem que a localização da usina pode causar danos irrepáraveis ao meio ambiente.
Se construida a hidrelétrica Belo Monte vai ser a 3ª maior hidrelétrica do mundo e vai ter um custo de R$ 30 bilhões de reais, sendo que 80% deste valor (24 bilhões) são de impostos. A construção da Usina vai alagar e destruir 640 km² de floresta amazônica.
A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo da água, afetando a flora e a fauna locais e introduzindo diversos impactos sócioeconômicos, tornando a usina inviável dos pontos de vista social e ambiental.
A obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.
A alteração da vazão do rio, altera todo ciclo ecológico da região afetada que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológicos destintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto estima-se que na região seca hávera a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região.
A construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas.
Falando na real
Sinceramente gostaria de saber o que o governo de Dilma pretente fazer com este povo indígena e ribeirinhos que vão ser obrigados a sairem do lugar onde vivem para que seja construida esta hidrelétrica. Será que este povo vai ser transferido para algum albergue nos grandes centros ou então vão ser esquecidos e vão ser obrigados a se juntarem ao movimento dos sem teto. Fica difícil entender toda esta situação, porque ao mesmo tempo que o governo mostra uma grande preocupação com o devastamento da "Floresta Amazônica" e com a população indígena ainda existente no Brasil, o mesmo agora lança um projeto da construção de uma hidrelétrica que vai alagar e destruir 640 km² de Floresta Amazônica. Isto acontecendo a população indígena e de ribeirinhos que vivem na região a muito tempo, vão ser obrigados a abandonarem suas moradias e ficarem esperando por um futuro ainda incerto.
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