Documentos confidenciais disponibilizados recentmente pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo mostram que as Forças Armadas mantiveram um esquema de espionagem política até 1991, quando o presidente era Fernando Collor de Melo. Atualmente Collor é senador pelo PTB - AL e um dos maiores opositores à abertura dos Arquivos Secretos do Governo. Os papéis encontrados no extinto Departamento de Comunicação Social (DCS) da Polícia Cívil de São Paulo mostram que o Exército, Marinha e Aeronáutica compartilhavam relatórios de teor exclusivamente político entre si e com Orgaõs Estaduais de Segurança como as Polícias Militar e Cívil, além da Polícia Federal. Entre os investigados estavam partidos de oposição, sindicatos, movimentos sociais e militantes de esquerda. Os documentos sugerem que as Forças Armadas infiltravam agentes em assembléias de trabalhadores, reuniões partidárias, atos com conotação esquerdista e até instituições como a Câmara Municipal de São Paulo. As incursões clandestinas viravam relatórios, todos com carimbo "confidencial", que eram distribuidos em uma espécie de rede de informações que incluia setores das Forças Armadas como o Centro de inteligência do Exército (CIE), 11ª Brigada de Infantaria Blindada, 12ª Brigada de Infantaria Motorizada, 2ª Brigada de Artilharia, 4º Comando Aéreo (4º COMAR), Comando Militar Sudoeste(CMSE), Superintendência Regional da Polícia Federal, Polícia Militar Do Estado de São Paulo e o DCS da Polícia Cívil, entre outros.
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